Antes que se fabrique o substrato, antes que e imprima a embalagem, antes que se conforme a sacola, deve-se finalizar todos os aportes criativos, as especificações técnicas e o desenho final da embalagem flexível. Este processo se conhece como pré-impressão e requer a junção de vários processos diferentes em uma operação coesa.

Os sistemas de pré-impressão estão destinados a proporcionar controle sobre o processo antes de que se comece a produção efetiva das embalagens. Mas existem vários problemas que pode enfrentar este complexo seguimento da indústria de embalagens flexíveis, que em geral estão relacionados com a velocidade e a comunicação.

“Os principais desafios que enfrenta o mercado de pré-impressão neste momento são os tempos de ciclos condensados, os fluxos de trabalho digitais e um maior enfoque em atrair a atenção das empresas de produtos para consumo para o controle do fluxo desde o desenho até a impressão” diz Eladio Veron da Verdante Solution.

“Além disto fazer coincidir as cores da marca em todos os substratos e posições de impressão é muito complicado, mas esperado”

Angela Barros, vice-presidente da Red Gráfica, reforça a importância da velocidade em relação à entrega dos produtos e o papel que isto joga no mercado digital.

“Tecnologicamente, todos estamos saturados pelos serviços de internet e necessitamos uma banda cada vez mais rápida”, diz Barros. “Além disto o aumento das condições competitivas exige que as empresas de produtos de consumo (CPC) insistam em tempos de entrega cada vez mais rápidos para encurtar o tempo de comercialização. Isto obriga aos fabricantes de embalagens entregar cada vez mais rápido e sem erros, muito mais rápido que 5 anos atrás.

Com a internet o mundo se fez cada vez mais “pequeno”, o desafio é criar embalagens de maneira eficiente para diferentes mercados globais, ao mesmo tempo que se mantenha cor e qualidade de embalagem consistentes no mundo todo.

A Internet brinda a possibilidade de criar um trabalho, prepará-lo para a impressão, imprimi-lo e em seguida envia-lo aos embaladores, tudo isto ocorre em diferentes cidades, países e inclusive continentes, segundo Barros. Os sistemas de pré-impressão como o software Nala da Verdant Solution permitem às empresas controlar e assegurar todo o processo.

“Em todo caso, a qualidade é muito melhor do que 5 anos atrás”, acrescenta. “Afortunadamente, a qualidade constante tem sido possível graças aos fluxos de trabalho digitais. Os processos e arquivos que criaram o desenho da embalagem, assim como as imagens flexograficas digitais consistentes, tem feito possível reproduzir trabalhos que são idênticos aos projetos finalizados meses ou anos antes. Isto significa que qualquer pessoa que não trabalhe com o fluxo de trabalho digital se encontre em uma clara desvantagem”.

Inovação hoje em dia

Como a maioria dos outros seguimentos da indústria de embalagem flexível, a inovação é de suma importância para a pré-impressão e a impressão flexografica.

Fred Stringfellow, diretor executivo da Associação de Fabricantes de Pranchas de Pré-impressão Flexográfica, aponta que a maior parte da inovação atualmente no mercado, está dirigida para acelerar o processo ou assegurar um produto final preciso.

“A tecnologia que utilizamos hoje em dia inclui produtos de portais alojados na nuvem que utilizam a web para comunicar o desenho e as mudanças no desenho, o que facilita a comunicação, reduz os passos e as possibilidades de erros, assim como novas ferramentas PDF para mudanças nos arquivos de produção no final do ciclo,” ele diz. “A produção digital de pranchas leva o ‘controle do processo’ até a área de pré-impressão. Além disto, as provas digitais com pontos no substrato sobre o qual se imprimirá se podem converter em maquetes do trabalho final, o que reduz os erros”.

A automatização da produção e o “controle global” são problemas que geralmente se tratam nos fluxos de trabalho de JDF, segundo Barros.

“Antes de JDF, os convertedores podiam programar o tempo de impressão, mas nunca tinham certeza se o trabalho acabaria tempo para montar uma placa na impressão, nem sabiam se o ciente havia aprovado o trabalho”, diz Barros. “Com o JDF, programar trabalhos para pré-impressão e receber comentários já não é uma operação de ‘caixinha de surpresa’. Agora, sempre podem ver o estado dos trabalhos no departamento de pré-impressão e interferir e acelerar o processo se for necessário”.

Barros acrescenta que os arquivos PDF também podem ser úteis na pré-impressão.

“Particularmente aqueles (arquivos PDF) que criam metadados que rastreiam informação sobre o arquivo. Junto com os próprios protocolos JDF, brindam a capacidade de aprovar, alterar, rastrear e estabelecer marcos de tempo em linha”.

Em poucas palavras: a melhor maneira de maximizar a eficiência e reduzir os custos na produção de embalagens flexíveis é aumentar a automatização. Isto é, reduzir em grande medida a necessidade de intervenção humana dentro do processo.

“Inclusive desde os primeiros fluxos de trabalho automatizados, onde se necessitava a participação humana para realizar um seguimento dos planos do passo e repetição, ou as especificações de captura, agora se tem cada vez menos necessidade de que os operadores realizem um seguimento de como se processou um arquivo”, diz Barros.

A automação de peças seletivas, no lugar do fluxo de trabalho completo, é muito útil. Simplesmente, fazer que tudo seja automático não leva em conta as diferentes necessidades do cliente em um gama particular de embalagens. Mas, automatizar seletivamente partes do processo, deixando espaços para fazer comprovações ou adições que se saiba que estão “atrasadas”, é mais inteligente. Nala Software o faz de forma eficaz”.

O passo seguinte para aumentar a eficiência e reduzir os custos e as variáveis é o uso de ferramentas de produção de PDF e provas de monitor para reduzir os passos e custos, segundo Stringfellow.

“Combine isto com a nova tecnologia de pranchas flexográficas para propiciar mais contraste de impressão e previsibilidade à impressão flexográfica”, comenta. “ E novamente, a produção de pranchas digitais leva o ‘controle do processo’ para a área de pré-impressão.

Barros acrescenta que “algumas soluções de software de produção poderosas utilizam métodos ‘inteligentes’ para extrair informação para o envase. Podem “sondar” as bases de dados protegidas por senha da CPC para obter a cópia atualizada e aprovada, os códigos de barras e outra informação, e coloca-la diretamente nos gráficos da embalagem. Isto acelera a produção, evita erros do operador (reingresso de dados) e assegura que somente se utilize a entrada do CPC”.

A próxima evolução

Finalmente, que forma irá tomar o dado da pré-impressão durante os próximos anos? Qual será a próxima “grande novidade” em tecnologia de pré-impressão e impressão?

“O tempo o dirá, ainda que todos podemos supor de maneira fundamentada de que é só aguardar a Drupa 2021 virtual”, diz Barros. “Um dos rumores que temos escutado é sobre a impressão digital, já que o processo se torna mais rentável para pequenas tiragens”

Stringfellow e Veron estão de acordo em que a nova tecnologia de pranchas ganhará importância, tal qual a tecnologia digital em todas suas formas.

“A nova tecnologia de placas produzirá mais tons de cores (maior contraste) com menos necessidade de ‘curvas de relevo’” comenta Stringfellow.

Veron acrescenta: “A impressão gama estendida será mais comum com a cor ‘processo mais’ para imprimir cores de marca e planos. A tecnologia digital, com certeza, seguirá evoluindo”.

Barros enxerga que o desenho e os gráficos podem unir-se em sistema 3-D efetivos que serão valiosos para todos durante o processo. “Se tem trabalhado muito na criação de sistemas 3D que ajudam a todos, especialmente aos desenhadores, a criar gráficos em torno a ferramentas estruturais”, comenta. “Com estações de trabalho ainda rápidas e a implementação de desenhos de produtos CAD no processo de desenhos de embalagens, a combinação de estrutura e gráficos será ainda mais eficiente”.

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